Professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos da Escola Três Poderes reclamam da falta de material didático que necessitam para se trabalhar com o mínimo da qualidade desejada por qualquer educador.
A escola não fornece livros didáticos para os alunos há mais ou menos 3 anos, o que acarreta o atraso no repasse dos conteúdos programáticos, uma vez que o professor precisa copiar no quadro grandes textos, enquanto poderiam apenas explicar caso os alunos tivessem o livro para acompanhar.
O mais interessante dessa falta de estrutura toda é o fato de os professores terem que pagar para aplicarem suas provas. Não é brincadeira, não! Na escola Três Poderes, os professores pagam pra trabalhar. Todo mês, são 10 reais do seu mísero salário que sai do bolso pra comprar o tôner da impressora para imprimir provas ou algum texto que queira trabalhar com seus alunos. Isso é o que chamo de amor pela educação! Como dizia Paulo Freire: “Não se pode falar em educação sem amor”.
Os ventiladores da escola não estão sendo suficientes para ventilar uma sala o calor humano de 60 pessoas juntas numa sala de poucos metros quadrados.
Enquanto o poder público esbanja palavras de milhões pra lá e milhões pra cá, a escola só precisaria de uns reaizinhos pra comprar a tinta da impressora. Para uma administração que só fala em milhões e bilhões, o que são uns reaizinhos, não é?!
Com tantos milhões espalhados pelas obras da cidade, é de se admirar que professores ainda tenham que tirar do seu próprio bolso para contribuir para a melhoria da qualidade de ensino de sua escola. E o que recebem em troca? Críticas. Cobranças.
Como falar em qualidade de ensino sem estrutura física, sem material didático, sem livros, sem ventiladores, sem dignidade?
Acredita-se que os professores de Ourilândia do Norte tem sido os maiores heróis da história educacional desse município, pois conseguem fazer pelos seus alunos o que ninguém conseguiria sem o mínimo de estrutura, sem o mínimo de respeito e valorização.
O que adianta construir escolas climatizadas, instalar computadores com internet em todas as escolas, etc., se não oferecer meios para que o professor ministre suas aulas com a qualidade desejada?
Como afirma a letra da música “Meu País” de Zezé di Camargo e Luciano: Tá faltando consciência, tá sobrando paciência, tá faltando alguém gritar...”
Com a ajuda de Deus, sem a ajuda da Vale, sem a ajuda da câmara, com ajuda da população e, principalmente, com a ajuda dos professores, haveremos de transformar a educação de jovens e adultos do município de Ourilândia.
Todos pela Educação! (principalmente os professores)
Avante, Educação de Jovens e Adultos!
O trabalho (dos professores) continua!
Assina: Sofressor Inconformado da Silva.
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