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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

1º lugar na categoria POESIA do concurso trabalho escravo nunca mais

Aluna: WATILA

Turma: 2R01 tarde
Professora: Claedis Rafalski


Caro leitor, pra você
Que acha que a escravidão
É uma coisa do passado
De outra ocasião
Vou lhe contar o acontecido
Numa fazenda do sertão

A fazenda pertencia
Ao coronel Militão
Mas a fazenda encantava
Era na sua extensão
Mas toda riqueza do homem
Veio da escravidão.


Todo o povo do sertão
A Militão conhecia
Por isso, os trabalhadores
De longe ele trazia
Prometendo alimentação
Dinheiro e moradia.


Quando os trabalhadores chegaram,
Militão falou assim:
Apontando para o mercado
– O que quiserem peguem aqui
E podem ficar tranqüilos
Que a gente acerta no fim.


Para aquela gente sofrida
Pareceu que chegaram no céu
Mas ainda iam sentir
O gosto amargo do fel
Pois, pouco depois Militão
Se mostrou muito cruel.


Levou todo o povo
Em direção ao paio
Dizendo que a noite estava fria
E ia ficar muito pior
E que logo de manhazinha
Arrumava um lugar melhor.


O paio era pequeno
Pra tanto homem e mulher
E o patrão logo avisou
Mesmo antes do café
Que o trabalho era longe
De dois quilômetros a pé.


Militão falou pra todos
No tom de insipidez:
– Vocês, arrumem as coisas
E vamos de uma vez
Porque morando por lá
Fica melhor pra vocês.


Depois de um certo tempo
A situação era diferente
Tratavam os animais

Muito melhor do que gente
Alguns trabalhavam demais
Até ficarem doente.


E a situação pros caboclos
No fundo só piorava
No mercado Militão
Só tinha bóia estragada
E mesmo assim Militão
Não perdoava e cobrava.


No fim agüentavam calados
Aquele trabalho de cão
E se reuniram no fim
Em frente ao casarão
Para pegar o dinheiro
E dar adeus ao sertão.


Militão, com o capataz
Riu, fazendo ironia
Eu não devo pra vocês
Juro pela luz do dia
Mas são vocês que me devem
Por tudo que eu lhes trazia.


Me devem pela comida
Que eu tive que lhes vender
Fora outras coisa à toa
Que nem questão vou fazer
E é melhor voltar ao trabalho

Senão vão se arrepender.


Agora o trabalho era vigiado
Por alguns capatazes
Que não hesitava em matar
Para dar exemplo aos demais
E matava qualquer um
Velho, criança ou rapaz.


Você deve está se perguntando
Porque o povo não o denuncia
É muito fácil falar
Pra quem lá nunca morou
E não sabe o tanto de gente
Que o coronel já matou.

Caro leitor, pra você
Que já começou a chorar
Nasceu um pouco de esperança
Que agora vou contar
Pois um dos trabalhadores
Conseguiu escapar.


Com a Judá significativa
Do povo do sertão
O trabalhador denunciou
O coronel Militão
Que passou o resto da vida
Trancado numa prisão.


Os trabalhadores receberam
O que o coronel lhes devia
Mas nenhum dinheiro do mundo
Vai pagar a agonia
Que, com o coronel Militão
Eles sofreram um dia.


Caro cidadão, pra você
Que conhece muitos Militãos
Denuncie todos eles
E liberte seus irmãos
Pois a liberdade é pra todos
Diga não à escravidão.


Já você, trabalhador,
Vá atrás dos seus direitos
Não fique aí sentado
Me olhando desse jeito
Pois você é o poder
Imponha o seu respeito


(Watila, 2R01)



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