Claedis - Literatura - Etc...

SEJAM BEM VINDOS!!!

Esse blog foi pensado com alguns propósitos, que já podem ser identificados em seu próprio título: "claedis-literatura-etc", onde você poderá encontrar conteúdos referentes a:

CLAEDIS - minha vida... (família, filhos, amor, etc)

LITERATURA - meu trabalho... (Informações, conteúdos, atividades e produções de interesse dos alunos e professores da escola Romildo Veloso)

ETC - outras coisas. (notícias, humor, saúde, imagens, músicas, etc)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PARALISAÇÃO ESTADUAL DA EDUCAÇÃO

No último dia 20 de maio, a nossa categoria, reunida em Assembleia Geral no Centro Social de Nazaré acertadamente decidiu pela manutenção do Estado de Greve e deu um ultimato ao Governo Jatene: 30 dias é tempo mais que suficiente para implantar o PCCR, aprovado no dia 15/06/2010 e sancionado pelo governo anterior em 02/07/2010.


A categoria só aceitará uma reformulação estrutural no corpo da lei se for para avançar e assegurar mais conquistas para a categoria. O Governo do estado terá que iniciar, o mais breve possível, a análise e a sistematização dos dados para viabilizar o Plano de Carreira dos trabalhadores (as) da educação até final de junho deste ano, juntamente com a finalização do levantamento funcional dos trabalhadores em educação. Para tanto, a unidade e a mobilização permanentes da nossa categoria são essenciais para seguirmos fortes na luta em defesa de nossos direitos e conquistas e para reafirmarmos nosso compromisso histórico com uma educação pública gratuita e de qualidade.

A categoria continuará mobilizada permanentemente na defesa dos seus direitos, não permitiremos nenhum direito a menos, avançar sempre nas conquistas dos trabalhadores (as).

A CATEGORIA EXIGE QUE O GOVERNO JATENE IMPLEMENTE O PCCR JÁ!

Em audiência realizada no último dia 18 de maio, o Governo do Estado, representado pela Secretária de Administração, Alice Viana, reafirmou seu compromisso de implantar o PCCR dos Profissionais da Educação Básica da rede estadual de ensino. Disse ainda que a SEDUC já iniciou o processo de implementação do PCCR, no que diz respeito ao levantamento do perfil dos profissionais da educação básica, bem como as projeções financeiras, no entanto informaram que o impacto financeiro será no mês de outubro para enquadrar todos os trabalhadores no PCCR, em virtude da dimensão do número de servidores e a falta de informações que a SEDUC possuí sobre os mesmos.

Com relação ás propostas de alterações do PCCR apresentado pelo governo, tendo como referência a análise técnica o governo se dispõe a negociar, respeitando os critérios legais constitucionais, assegurando que não haverá prejuízo na remuneração do servidor, bem como flexibilizará pontos que para nós são de princípios como a progressão horizontal, sendo alternada, hora automática e hora por avaliação de desempenho e o PCCR unificado abrangendo os funcionários de escola.

No que diz respeito aos pontos avaliados como inconstitucionais pelo governo e que a nossa assessoria jurídica afirma ter jurisprudência, como por exemplo, a gratificação do SOME incidem sobre o vencimento base e as aulas suplementares e as gratificações de titularidades que serão pagas no vencimento base nas classes II, III e IV e em forma de gratificação nos percentuais de 10%, 20% e 30 % para especialistas, mestres e doutores respectivamente sendo que o mesmo se compromete em negociar, afim de reformular as redações assegurando essas conquistas.

Caso haja acordo nas propostas de reformulação entre o governo e o SINTEPP será encaminhado pelo executivo em caráter de urgência para votação na ALEPA em um prazo máximo de 45 dias será aprovado. Segundo Alice Viana o governo está aberto para a negociação e ao implementar o PCCR quer negociar com o SINTEPP o pagamento retroativo do impacto sobre o mesmo. Com relação ao cumprimento do Piso Nacional o governo está esperando a publicação do acórdão para implementação do mesmo.

Ao longo das últimas décadas o SINTEPP vem travando uma luta árdua pela aprovação do PCCR, onde em 2010 a luz de muitas batalhas e após, três greves aprovamos o nosso Plano no último dia respeitando o prazo da lei eleitoral.

O projeto de lei foi aprovado por unanimidade nas comissões de constituições e justiça da ALEPA e pela própria PGE do Estado uma vez que foi sancionado pelo governo do estado. O fato é que o governo passado não implementou o PCCR e o mesmo foi aprovado em uma conjuntura em que muitos parlamentares estavam barganhando sua eleição. Neste sentido estivemos certos da vitória da categoria, pois derrotamos o PCCR do governo Ana Júlia que reduzia direitos.

Vitória esta que impôs ao governo Jatene assumir o compromisso de implementar o PCCR, mesmo com suas considerações jurídicas sobre os pontos aprovados e negociar conosco as reformulações necessária, para viabilização do mesmo. E com o compromisso firmado em mesa de que não teremos prejuízo nas remunerações conquistadas e dentre outros pontos. para avançarmos nas conquistas é importante revisarmos alguns pontos do PCCR, uma vez que governo anterior não honrou os prazos do PCCR que deveria regulamentar as aulas suplementares, os abonos e a lei de regulamentação do SOME até dezembro de 2010. Bem como a lei que disponha sobre os vencimentos e a carreira dos funcionários de escola.

FONTE: http://www.sintepp.org.br/

30 de maio - paralisação estadual dos trabalhadores em educação do Pará


Professores da educação pública do Pará paralisam suas atividades nesse dia 30 de maio (2011) em defesa do PCCR e do PISO.e no próximo dia 02 de junho haverá uma assembléia geral da rede estadual que decidirá os rumos a seguir, caso a paralisação não tenha surtido efeito no que se refere às reivindicações.

Os professores da Escola Estadual Romildo Veloso e Silva, da cidade de Ourilândia do Norte, também aderiram à paralisação e liberaram seus alunos, depois de justificarem os motivos da paralisação.

Realmente não faz sentido falar em escola pública de qualidade e efetivamente democrática sem levar em consideração a valorização do magistério, e é por isso que todos - professores, pais, alunos, sociedade em geral -  deve apoiar a luta dos trabalhadores em educação.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

GRAVIDEZ - FELICIDADE IMENSA


GRAVIDEZ

UM toque íntimo de amor;

DOIS corpos unidos;

TRÊS almas ansiosas;

QUATRO braços amantes;

CINCO quilos mais gorda;

SEIS desejos incontroláveis;

SETE noites decisivas;

OITO horas regressivas;

NOVE meses, NOVA VIDA.

AUTOR: Auriberto Cavalcante
FONTE: http://blog.opovo.com.br





HOMENAGEM A MEU FILHO KALIEL


"Espero um filho
Fruto de um sonho
E de um ato de amor,
Ele será luz para o mundo.
Todos contemplarão em seus olhos
E em seus gestos uma paixão
Infinita pela vida.

Trará consigo um imenso poder
De sonhar e acreditar na utopia.
Distribuirá a todos, sementes de paz
E com as mãos erguerá a terra
Em direção do sol e da chuva
Para que deles bebam o calor e o frescor
Da imensidão.

Será belo, meu filho.
E a beleza trará no nome.
E seu nome se repetirá nas bocas
De cada homem e cada mulher
E nas risadas das crianças.
Será sábio e ensinará a todos
O valor da inocência e da simplicidade.

Espero um filho.
Será ele a eternização
De mim e de seu pai e de seus avós
E carregará no coração
A dignidade herdada da família
E o exemplo de seus anteriores.

Que ele não seja o que fui.
Que ele seja sempre mais do que sou.
Que ele conquiste o tudo que não consegui.
Que ele viva para seus sonhos
E com sua esperança dê vida a mil outros..."

(autor desconhecido)


FONTE: http://nossa-estrelinha.blogspot.com/

CUIDADO PRA NÃO SER ELIMINADO NO PRISE

3. – DOS CRITÉRIOS DE ELIMINAÇÃO – PRISE

a) Estará automaticamente eliminado para a realização da 3ª Etapa o candidato que, na soma dos pontos obtidos na 1ª e 2ª Etapas, não alcançar 40 pontos;
b) Estará automaticamente eliminado para a realização da 3ª. Etapa o candidato que na 2ª Etapa obtiver zero de acertos em 4 (quatro) ou mais disciplinas.
c) Estará eliminado para a realização da 3ª. Etapa o candidato cuja classificação dentro do seu curso de opção for superior a 5 (cinco) vezes o número de vagas ofertadas para o curso. Será garantida a classificação para a 3ª Etapa aos candidatos com a pontuação idêntica na última colocação.
d) Estará automaticamente eliminado o candidato que obtiver menos de 12 pontos na prova objetiva da 3ª Etapa;
e) Estará automaticamente eliminado o candidato que obtiver, na Redação, percentual inferior a 20% dos pontos, ou seja, menos de 6 pontos do máximo exigido, que é de 30 pontos;
f) Estará automaticamente eliminado o candidato que, no cômputo global, obtiver pontuação inferior a 25% dos pontos máximos exigidos, ou seja, menos de 50 pontos dos 200 pontos totais.

PRISE 2012

2 - DO CALENDÁRIO DO EVENTO

2.1 - DO PROGRAMA DE INGRESSO SERIADO - PRISE

2.1.1 – DO SUBPROGRAMA XIV (1ª ETAPA)
a) O candidato inscrito no Subprograma XV (1ª Etapa) realizará sua prova no dia 27 de novembro de 2011, das 8 às 13 horas;
b) A elaboração das provas terá como parâmetro os conteúdos programáticos oficiais da 1ª série do Ensino Médio;
c) A 1ª Etapa constará de uma prova de conhecimentos gerais, com 56 (cinqüenta e seis) questões objetivas, valendo 1 (um) ponto cada, a partir dos conteúdos das disciplinas de: Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Física, Química e Biologia. A pontuação dessa etapa é de 56 (cinqüenta e seis) pontos.

2.1.2 – DO SUBPROGRAMA XIV (2ª ETAPA)

a) O candidato inscrito no Subprograma XIV (2ª Etapa) realizará sua prova no dia 28 de novembro de 2011, das 8 às 13 horas;
b) A elaboração da prova terá como parâmetro os conteúdos programáticos oficiais da 2ª série do Ensino Médio;
c) A 2ª Etapa constará de uma prova de conhecimentos gerais, constituída de 60 (sessenta) questões objetivas, valendo 1 (um) ponto cada, a partir dos conteúdos das disciplinas: Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia e Língua Estrangeira (Inglês, Francês ou Espanhol). A pontuação dessa etapa é de 60 (sessenta pontos).

2.1.3 – DO SUBPROGRAMA XIII (3ª ETAPA)
a) O candidato inscrito no subprograma XIII (3ª Etapa), para os cursos de Licenciatura e Bacharelado em Música, realizará sua prova do Habilitatório, nos dias 30 e 31 de outubro de 2011.
b) O candidato inscrito no subprograma XIII (3ª Etapa) realizará sua prova no dia
18 de dezembro de 2011, das 8 às 13 horas;
c) A elaboração da prova terá como parâmetro os conteúdos programáticos oficiais da 3ª série do Ensino Médio;
d) A 3ª Etapa constará de uma prova de Redação, valendo 30 (trinta) pontos e de 54 (cinqüenta e quatro) questões objetivas de conhecimentos gerais, valendo 1 (um) ponto cada, a partir dos conteúdos das disciplinas: Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia e Língua Estrangeira (Inglês, Francês ou Espanhol). A pontuação total dessa etapa é de 84 pontos

FONTE: http://www.uepa.br/portal/

PRISE - O QUE É?

O Programa de Ingresso Seriado (Prise) da Uepa foi implantado em 1997. A primeira turma, que ingressou na Universidade em 1999, concorreu a 30% das vagas oferecidas em cada curso. Hoje, os candidatos inscritos no Prise concorrem a 50% das vagas de cada curso oferecido pela instituição. Esta modalidade de ingresso permite minimizar o impacto da passagem de Ensino Médio para o Ensino Superior, apoiando-se na integração dos dois níveis de Ensino, ampliando assim o processo seletivo dos candidatos a calouros da Uepa.

A cada ano o Prise desenvolve três subprogramas, cada um relativo a uma série do Ensino Médio. Portanto, todo final de ano um subprograma conclui-se com a realização da 3ª etapa e outro é implantado para realizar a primeira.

Cada subprograma é desenvolvido em três anos, sem interrupção. A não realização de uma das etapas implicará a necessidade de nova inscrição no ano seguinte no subprograma que estiver se implantando para realização da 1ª etapa

FOTO DE OURILÂNDIA DO NORTE

DICAS DE ESTUDO PARA O ENEM

- Estudo diário: defina um tempo mínimo para reforçar os estudos, diariamente, em casa. Podem ser duas, três ou quatro horas. Especialistas indicam que mais do que isso é cansativo e compromete a qualidade do aprendizado. Planeje também um pequeno intervalo, de 15 minutos, para fazer um lanche leve e renovar as energias. Não deixe de incluir nos estudos as disciplinas nas quais possui mais dificuldade. Se tiver sono durante o horário de estudos, procure descansar. Evite estudar nas madrugadas, pois o cansaço é maior.


- Disciplina: após elaborar o horário para estudar, vem o mais importante: disciplina. Aprenda a cumprir todas as determinações do seu horário de estudo. Resista à tentação de entrar no MSN e ligar a televisão. No começo é um pouco mais difícil. Com o passar do tempo, você deixará de ter as dificuldades iniciais, com resultados significativos no seu desempenho escolar.

- Redação: durante os estudos dê atenção especial à prática de redigir, para garantir um bom desempenho na prova de redação. O tema da prova do Enem muda a cada ano. Sempre são propostos assuntos atuais, que têm a ver com a realidade do próprio estudante que faz a prova. Antes de partir para a escrita, o participante é instigado a refletir sobre o tema por meio de textos de outros autores. Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas.

- Provas anteriores: faça as provas aplicadas em anos anteriores. Segundo professores, esta é uma das melhores formas de se preparar para o exame, pois o estudante adquire familiaridade com as questões apresentadas. O ideal é imprimir os arquivos e tentar executar os testes em cinco horas, tempo de duração do Enem.

- Leitura: a melhor maneira de se manter atualizado é por meio da leitura. Especialistas indicam atenção redobrada às notícias publicadas diariamente em jornais, revistas e sites. Rádio e televisão, que possuem programas de debates sobre temas relevantes, também são recomendados como forma de ampliar o conhecimento sobre notícias do dia-a-dia que podem aparecer na prova.

ENEM 2011

A prova do ENEM 2011 está chegando.

Com ela, novas oportunidades de passar em um vestibular pelo SISU, conseguir uma bolsa pelo PROUNI e também de tirar seu certificado de conclusão do Ensino Médio.

As provas que este ano vão ser realizadas nos dias 22 e 23 de Outubro, segundo a presidente do INEP Malvina Tuttman, vão seguir a mesma linha dos exames do ENEM de 2009 e 2010.

O ENEM 2011 será composto por 4 provas de 45 questões de múltipla escolha nas seguintes áreas:
• Ciências Humanas e suas Tecnologias
• Ciências da Natureza ( Química, Biologia e Física ) e suas Tecnologias
• Linguagens e suas Tecnologias ( incluindo Redação )
• Matemática e suas Tecnologias

No dia 22 de Outubro ( 22/10/2011 ) serão realizadas as provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

No dia 23 de Outubro ( 23/10/2011 ) vão ser feitas as provas de Linguagens, Matemática e também a Redação.

Em ambos os dias as provas vão ter duração de 5 horas e meia.

O candidato só poderá sair da sala para ir ao banheiro acompanhado de um fiscal e só poderá entregar a prova com 2 horas no mínimo de tempo corrido.

Celulares e relógios serão proibidos dentro da sala de provas, no entanto, quem precisar levar pode levar que haverá um porta-objetos para guarda-los até o final do exame.

Em relação ao relógio, cada sala obrigatoriamente terá um relógio grande instalado na parede.

A inscrição do ENEM 2011 será no valor de R$ 35,00, o mesmo valor de 2010.

Estão isentos de pagar todos os alunos que fizeram o Ensino Médio na Rede Pública e também aqueles que comprovarem que tem baixa renda.

As inscrições do ENEM 2011, que vão começar no dia 23/05/2011 vão até o dia 10 de Junho ( 10/06/2011 ).

Como as inscrições serão feitas todas pela Internet, fica sempre a velha dica: para evitar de pegar o site congestionado ou fora do ar, faça as inscrições o quanto antes.

Apesar do INEP sempre melhorar o site, as inscrições crescem ano após ano e o congestionamento nos últimos dias é sempre certo.

Novidades para a Edição do ENEM 2011

Como a previsão é de que este ano entre 5,5 e 6 milhões de alunos façam o ENEM 2011, o INEP dessa vez reforçou a equipe.

Serão mais de 400.000 pessoas trabalhando para que o ENEM 2011 seja um sucesso.

O ENEM 2011 será aplicado em aproximadamente 140.000 salas de aula em 1.600 cidades por todo o Brasil.

Para evitar os 2 erros que aconteceram nas edições do ENEM de 2009 e 2010, no caso, o roubo da prova e os erros de impressão, a segurança na impressão e transporte das provas será muito maior agora em 2011.

Novos dispositivos de segurança, pessoal e câmeras serão instalados nas gráficas que vão imprimir o ENEM 2011.

As provas também serão escaneadas e conferidas eletrônicamente para evitar ao máximo erros de impressão.

Erros de impressão causaram muita discussão, prejuízos e até processos na justiça em 2010, mais de 9.000 alunos tiveram que fazer a prova de novo naquele ano.

Ainda assim reforçando ainda mais a qualidade, todos os fiscais este ano vão ser orientados para conferir com os alunos as provas do ENEM 2011 antes delas começarem.

Quem notar que a sua prova está com problemas, vai poder pedir outra alí na hora, resolvendo o problema.

Se o fiscal da sua sala esquecer de conferir a prova com os alunos, chame a atenção dele.

UFPA reduz o número de leituras obrigatórias para o PS 2012

A Universidade Federal do Pará decidiu que será reduzido o número de leituras inicialmente recomendadas para o Processo Seletivo 2012. A decisão foi tomada durante a reunião da Comissão Permanente de Processos Seletivos (Coperps), realizada nesta quarta-feira, 25, na Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg). A Comissão determinou que, das 20 obras literárias até então selecionadas, somente 12 irão continuar no conteúdo programático da Instituição. Entre os participantes da reunião, estavam a pró-reitora de Ensino, Marlene Freitas; o assessor técnico da Proeg, Mauro Magalhães; a diretora do Centro de Processos Seletivos (Ceps), Marilucia Oliveira, e diretores de alguns institutos da Universidade.
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Apesar da redução do número das obras, todas as escolas literárias já divulgadas como parte do conteúdo programático serão trabalhadas. A lista completa e atualizada das leituras que permanecerão no programa poderá ser conferida aqui. Um dos principais critérios para a seleção foi a disponibilidade online dos textos. No site da Proeg, estão disponíveis links de algumas bibliotecas virtuais, nos quais é possível baixar as obras gratuitamente.

A Coperps ainda decidiu que a possibilidade de a Instituição estabelecer o mesmo conteúdo programático na disciplina de Literatura, adotado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), deverá ser pensado para o próximo processo seletivo.

Na última terça-feira, professores e estudantes das redes pública e particular de ensino reuniram-se com alguns representantes da Universidade, inclusive o reitor Carlos Maneschy. O principal argumento do grupo de docentes e alunos do ensino médio era a extensa quantidade de obras a serem estudadas, visto que é “um processo seletivo, que não contempla somente a disciplina de Literatura”, ponderou a estudante Roberta Dinelly.

Assessoria de Comunicação da UFPA

Candidatos ao Processo Seletivo 2012 da UFPA devem se inscrever no Enem

Os candidatos que desajarem concorrer a uma vaga em um dos cursos de graduação da Universidade Federal do Pará terão que fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. As inscrições para o Exame se iniciam na próxima segunda-feira, 23, a partir das 10h, pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), órgão responsável pela aplicação das provas. Este é o segundo ano em que a UFPA vai adotar as notas do Enem para a avaliação dos candidatos ao Processo Seletivo 2012 (PS). As provas do Exame serão aplicadas nos dias 23 e 24 de outubro e vão corresponder à primeira etapa de seleção da Universidade.
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A segunda etapa do PS 2012 está prevista para a primeira quinzena de dezembro, com data ainda a ser definida em reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consep/UFPA). “Os candidatos têm, necessariamente, que se inscrever no Enem para poder concorrer à vaga na UFPA. Por isso, recomendamos que fiquem atentos ao período de inscrição, reforça a diretora do Centro de Processos Seletivos (Ceps), Marilucia Oliveira.

As inscrições para o Enem encerram no dia 10 de junho e custam R$ 35 (trinta e cinco Reais). Haverá isenção de pagamento de taxa para os alunos que estudam em escolas da rede pública.

De acordo com o Inep, mais de 400 mil pessoas devem trabalhar no Enem 2011. O Exame será aplicado em 140 mil salas, em 1.599 municípios brasileiros. A logística contará com mais de seis mil escoltas.

O Instituto também informou que o controle nos locais de prova será reforçado este ano. Os candidatos terão que atender às seguintes regras no dia do exame: não usar relógios, desligar o celular e outros aparelhos eletrônicos e colocá-los em porta-objeto específico, que será entregue nos locais de prova. Os detalhes do Enem 2011 estão no Edital disponível na página eletrônica do Inep.

Enem 2012 – Além do Enem 2011, o Inep também divulgou, esta semana, novidades quanto ao Exame de 2012, o qual terá duas edições. A primeira será em 28 e 29 de abril. A intenção é dar aos estudantes mais oportunidades para concorrer a vagas em instituições de educação superior, a Bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Assessoria de Comunicação da UFPA

Enem 2011 recebeu mais de 1,2 milhão de inscrições

 
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 recebeu mais de 1,2 milhão de inscrições até 17h desta quarta (25), segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). A expectativa é que o número de inscritos do Enem 2011 chegue a 6 mihões.
Nesta edição, a taxa de inscrição custará R$ 35. Interessados têm até as 23h59 do dia 10 de junho para se candidatar exclusivamente pela internet. Serão isentos das taxas os estudantes que concluirão o Ensino Médio no ano de 2011 regularmente matriculados em escolas da rede pública, além de candidatos que declarem carência socioeconômica. Os pedidos de isenção devem ser pedidos no ato da inscrição.

Para conseguir se inscrever no ENEM 2011 (Exame Nacional do Ensino Médio), assim como na edição anterior, os candidatos deverão responder uma séria de perguntas referente ao perfil socioeconômico. O processo, que só será concluído quando as 22 questões foram respondidas, poderá demorar em média cinco minutos. Reserve esse tempo e faça já sua inscrição na página oficial do exame e leia o edital.

Além do grau de escolaridade dos pais, o questionário inclui perguntas sobre a renda familiar, as condições de moradia e os estudos de nível Fundamental e Médio. As informações, segundo o Ministério da Educação, são fundamentais para traçar um perfil mais preciso dos participantes do Enem, além de possibilitar o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas para melhorar a educação no país.

O questionário socioeconômico é utilizado desde a primeira edição do exame, em 1998. Até 2009, os participantes respondiam a versão impressa do formulário, recebida via correios juntamente com as demais informações da prova. A entrega era feita no dia da realização da prova.

Além de o exame ser obrigatório para a adesão do ProUni (Programa Universidade para Todos) e do FIES (Financiamento Estudantil), o ENEM é pré-requisito mínimo para a participação do SiSU (Sistema de Seleção Unificado), com vagas em diversas instituições públicas de Ensino Superior de todo o país.

As provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 22 e 23 de outubro, a partir das 13h, conforme antecipado pelo Universia Brasil. Com a mesma estrutura da edição passada, a avaliação será composta por quatro provas objetivas de múltipla escolha nas áreas de Linguagens e Códigos (Língua Portuguesa, Literatura, Língua estrangeira – inglês ou espanhol -, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação), Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia), Matemática e Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia). Cada um dos exames terá 45 questões.

(Notícia retirada da internet)

terça-feira, 17 de maio de 2011

MANDAMENTOS DE UMA BOA REDAÇÃO

MANDAMENTOS DE UMA BOA REDAÇÃO


Ao redigir, é importantíssimo que o candidato não cometa nenhum desses pecados:
1. Esnobar: mostrar que é “o bom”. Complicar. Escrever difícil.
Obs.: Os grandes sábios são simples.
_As grandes notas vêm de redações simples.
_Evite os neologismos.
_Use apenas palavras comuns.
2. O palavrão: nunca!
3. criticar a universidade, as autoridades, as instituições é proibido.
_ Meter a lenha não dá ponto.
_ Faça a crítica “construtiva” _ mostre os erros e aponte as soluções.
4. Ser negativista.
_ Procure colocar o lado bom das coisas
_ Sugira métodos e maneiras de solucionar os problemas sociais.
_ Eles querem saber o nosso posicionamento diante disso, o que pensamos, o que achamos, se conhecemos.
5. Evite defiNições: elas são perigosas.
6. O ponto final: não o esqueça. Denota desleixo e é erro.
7. O pingo no i ( i ).
8. Cortar o t ( t ).
9. A cedilha no c ( ç ).
10. A inicial maiúscula de período.
11. As maiúsculas nos títulos.
12. As iniciais de nomes próprios, maiúsculas.
13. Erro gráfico.
14.Estrangeirismos: só se usa se não existir em português outra palavra correspondente e deve vir entre aspas.
15. Eco.
16. Gíria.
17. Não abrevie palavras: a menos que se trate de abreviações consagradas.
18. Evite repetir palavras: use sinônimos.
19. Não aumente o tamanho da letra para dar a impressão de que escreveu bastante. Nem escreva com letra pequena demais, para que o avaliador não precise de lente de aumento para ler a sua redação.
20. Não escreva demais, no caso de não limitarem o número de linhas, não vá além de 25.

MONTAGEM DA REDAÇÃO

O Visual – Estética . (beleza, ordem e limpeza)
1. Título/Tema
a) Todas as iniciais maiúsculas (menos as preposições, artigos, conjunções, etc.)
Ex.: A Reforma da Previdência.
b) A maiúscula inicial apenas na primeira palavra. (seja artigo, preposição, etc.)
Ex.: A reforma da previdência.
c) Todas as palavras com maiúsculas (letra de forma)
Ex.: A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
OBS.: Coloca-se o título apenas nas folhas de redação em que eles não estejam previamente grafados. A linha do título e a duas (ou três) linhas que se deixam em branco antes do primeiro parágrafo não devem ser contadas. A redação começa no primeiro parágrafo.
2. Use ponto final nos títulos , somente se este tratar de uma frase ou citação. Os tema de redações normais não levam ponto final.
3. Entre o título e o contexto, deixe uma, duas, ou três linhas.
4. Os parágrafos devem adentrar à linha uns dois centímetros e iniciarem-se, todos, à mesma altura. São fundamentais à redação, pois constituem o visual prático da estrutura redacional, apontando as três partes obrigatórias de um texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.
5. Sugere-se parágrafos que contenham em torno de cinco linhas.
6. O parágrafo inicial pode ser constituído por um período (ou dois) somente. Os demais devem ter vários períodos e, portanto, vários pontos finais.
7. Não rasurar a redação.
8. Letra é importantíssimo! Legibilidade. Não adianta escrever bem se ninguém entende.

LEMBRETES IMPORTANTES


☺É aconselhável que se inicie a prova pela redação (o rascunho, ao menos)
☺ Toda redação deve ser escrita em prosa. Poemas não é aconselhável.
☺ O tipo mais solicitado pelos vestibulares é a dissertação.

“Sê humilde se queres adquirir a sabedoria; sê mais humilde ainda quando a tiveres adquirido”



REDAÇÃO - DISSERTAÇÃO

ATO DE DISSERTAR



A vida cotidiana nos coloca constantemente a necessidade de expormos nossas idéias, opiniões, nossos pontos de vista. Freqüentemente, temos de deixar claro às pessoas com quem convivemos aquilo que pensamos sobre um determinado assunto. Em alguns casos, precisamos persuadi-las a adotar ou aceitar a nossa forma de pensar. Reflita: isso ocorre em seu relacionamento amoroso, em sua convivência diária com amigos e familiares, na sua relação com professores, vizinhos e etc. Em todas essas situações e em muitas outras, somos levados a utilizar a linguagem para dissertar, ou seja, organizamos palavras, frases, textos, a fim de chegarmos a conclusões.


A elaboração de textos dissertativos escritos implica o domínio das formas de funcionamento próprio da língua escrita. Assim, devemos considerar desde a questão ortográfica até a necessidade de suprir recursos expressivos da fala (como a mímica e a entonação) com o uso de um vocabulário mais preciso de construções sintáticas logicamente organizadas.


Dissertar é tratar com desenvolvimento um ponto doutrinário, um tema abstrato, um assunto genérico. Ou seja, dissertar é expor idéias em torno de um problema qualquer.


Consiste na exposição de um assunto, no esclarecimento das verdades que o envolvem, na discussão da problemática que nele reside, na defesa de princípios, na tomada de posições.


Caracteriza-se a dissertação pela análise objetiva de um assunto, pela seqüência lógica das idéias, quando refletidas e expressas, pela coerência na exposição das mesmas.


A redação expositiva ou dissertação implica uma estrutura organizada em etapas que focalizem o assunto a partir de uma técnica determinada, buscando objetivos precisos.


Portanto: a dissertação exige reflexão e seleção de idéias. Exige que se monte um plano de desenvolvimento.


Para escrever bem, é preciso portanto, estar plenamente senhor do seu assunto; é preciso refletir bem nele, para ver claramente a ordem dos pensamentos e formular deles uma seqüência , uma cadeia, em que cada ponto representa uma idéia.


Convém certo domínio de conhecimento do assunto, cultura apreciável e, sobretudo, domínio das estruturas sintáticas mais elaboradas, etc.


→ Este é o tipo de redação pedido (ou esperado) pela maioria dos vestibulares.


O discutir assuntos, o criticar situações, o propor soluções sempre foram muito distantes de nossa realidade. A juventude, hoje mais do que nunca, alienou-se em páramos de um mundo sem problemas. Ela não participa, ela não sente, ela não reage, ela não discute, normalmente não entende e... por isso, não escreve.


EX.: O HOMEM É UM ANIMAL QUE PRECISA RIR


Pode-se dizer que o homem é um animal que precisa rir, uma vez que o riso constitui-se num dos requisitos básicos para que se tenha uma vida saudável, porém o que se pode constatar é que os problemas cotidianos não têm permitido que isso aconteça.


Sabe-se que nos dias atuais, principalmente nas grandes cidades, está se tornando cada vez mais difícil ver um sorriso estampado nos rostos das pessoas, diante dos muitos problemas enfrentados no dia-a-dia como: o excesso de trabalho, o trânsito caótico, a violência urbana, etc..


constata-se que a falta de riso acarreta sérias conseqüências para o ser humano, como: depressão, baixa estima, stress, doenças cardíacas, etc., por isso, os grandes índices de pessoas com a saúde afetada, principalmente no que diz respeito às doenças do coração.


Em função desse problema é que se tem criado vários programas de humor exibidos na televisão, como: Zorra Total (Globo), Casseta e Planeta (Globo), A Praça é Nossa (SBT), etc., e não somente a televisão, mas alguns especialistas da saúde têm apostado na terapia do riso para garantir o bem-estar de seus pacientes e mostrar que apesar da vida estressante do dia-a-dia, é possível ser feliz e viver bem.


Sabendo-se que o homem é um animal que precisa rir para que se tenha uma vida mais saudável, é necessário, portanto, que se forneça motivos para que o riso ocorra espontaneamente oferecendo-lhe emprego, saúde, comida, água, lazer, segurança, etc.. Sabe-se que não é suficiente “programinhas” de televisão, “palhacinhos” enfeitados se, na realidade, o que o ser humano precisa é de um riso verdadeiro, espontâneo e natural, e não de um riso momentâneo, falso e forçado, que se desfaz no momento que a barriga “ronca” de fome.
(RAFALSKI, Claedis. 2004.)

ATO DE NARRAR


Contar e ouvir história é uma atividade atávica, isto é, que remonta aos nossos antepassados mais distantes. Desde que o mundo é mundo, o ato de narrar fascina o homem e o de ouvir histórias o hipnotiza. Xerazade, a protagonista das Mil e uma noites, para evitar que o sultão, seu marido, a matasse, o entreteve com 1.001 histórias ao final das quais o soberano, além de não mandar matá-la, também apaixonou-se por ela.

Narrar é discorrer sobre fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto que relate episódios, acontecimentos. Ao contrário da descrição, que é estática, a narração é eminentemente dinâmica. Nela predomina os verbos. Aqui o importante está na ação.

Escrevendo a sua história, você está produzindo uma narração escrita , que, justamente por ser escrita, deve prender-se às formas específicas que nossa língua assume nessa modalidade. Fique atento, pois há importantes diferenças entre o que se narra oralmente e o que se narra por escrito.

ESTRUTURA DA NARRATIVA

É comum que um texto narrativo apresente a seguinte estrutura:

Apresentação – é parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar em que a ação se desenvolverá. Cria-se, assim, um cenário e uma marcação de tempo para os personagens iniciarem suas ações. Atente para o fato de nem todo texto narrativo tem essa primeira parte: há casos em que já de início se mostra a ação em pleno desenvolvimento.

Complicação – é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação: por algum motivo, acontece alguma coisa ou algum personagem toma uma atitude que dá origem a transformações no estado inicial, expressas em um ou mais episódios. Encadeados, esses episódios se sucedem conduzindo ao clímax.

Clímax – é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando inevitável o desfecho.

Desfecho – é a solução do conflito conduzido pelas ações dos personagens. Restabelece-se o equilíbrio, podendo haver espaço para uma avaliação de tudo que foi narrado.

EXEMPLO:

Conto Cruel

A uremia não o deixava dormir.
A filha deu uma injeção de sedol.

_ Papai verá que vai dormir.
O pai aquieto-se e esperou. Dez minutos...
Quinze minutos... vinte minutos...
Quem disse que o sono chegava? Então, ele
Implorou chorando:

_ Meu Jesus-Cristinho!

Mas Jesus-Cristinho nem se incomodou.
(Manoel Bandeira)

ELEMENTOS DA NARRATIVA

A essência da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas. São elas:

a) Quem participa dos acontecimentos? (personagens)
b) O que acontece? (enredo).
c) Onde e em que circunstâncias acontece? (o lugar dos fatos, ambiente e situação)

Em síntese, a narrativa de um fato ou vários é feita com base em alguns elementos, tais como:

O quê? – o acontecimento a ser narrado;
Quem? – a personagem principal (protagonista) e a personagem secundária (antagonista);
Como? – a maneira como se desenrolou o acontecimento;
Quando? – o tempo da ação;
Onde? – o local do acontecimento;
Por quê? – a razão do fato;
Por isso – o resultado ou conseqüência.

Na redação narrativa, o fato é o núcleo da ação, sendo o verbo elemento valioso por excelência. Ao escrevermos uma narração, é importante que uma só situação a centralize e envolva as personagens. Deve haver um centro do conflito, um núcleo do enredo. A narração distingue e ordena os fatos.

A sua essência é a criatividade.

O texto narrativo é eminentemente temporal e espacial. Envolve a ação, o que produz a personagem, o agente do processo narrativo.

Esta modalidade de texto transita por um fio condutor que leva a uma situação denominada « clímax » ou « nó », decaindo numa « resolução » ou epílogo. O segredo da narrativa concentra-se no grau de« suspense » criado, bem como no fecho surpreendente.

FORMAS DE RELATAR O ENUNCIADO


A relação verbal emissor/receptor efetiva-se mediante o que chamamos discurso. A narrativa vale-se de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.

a) Quando o narrador participa do enredo, é personagem atuante, diz-se que é narrador personagem ou participante. Isso constitui o foco narrativo ou ponto de vista da 1ª pessoa.

EX.: “_ Is this an elephant? Minha tendência imediata foi responder que não; mas a gente não deve se deixar levar pelo primeiro impulso. Um rápido olhar que lancei à professora bastou para ver que ela falava com seriedade e tinha o ar de quem propõe um problema.”
(Rubem Braga, Aula de Inglês)

b) Chamamos narrador-observador ao que serve de intermediário entre o episódio e o leitor – é o foco narrativo de terceira pessoa.

EX.: Os dois cabras se aproximaram sem que ele pressentisse. Eram um alto e um baixo; o baixo grosso e escuro, vestido numa camisa de algodãozinho encardido. O alto era alourado e não se podia dizer que estivesse vestido de coisa nenhuma, porque era farrapo só. (...)
O velho até se assustou e bruscamente se pôs a cavalo na rede, a escutar a voz grossa e áspera, tal e qual quem falava:
_ Cidadão, vim lhe vender este couro de bode.”
(Raquel de Queirós)

c) Ocorrem casos em que o narrador é classificado como onisciente, pelo fato de dominar o lado psíquico de suas personagens, antepondo-se às suas ações, percorrendo-lhes a mente e a alma.

EX.: “Na rua vazia as pedras vibravam de calor – a cabeça da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ninguém na rua, só uma pessoa esperando inutilmente no ponto de bonde. E como se não bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluço a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava companheiro na mão... na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruiva era uma revolta involuntária.”
(Clarisse Lispector)

FORMA DO DISCURSO

1. O DISCURSO DIRETO constitui a técnica do diálogo. É a personagem em atividade, animizada, falando. Estrutura-se, normalmente, com a precedência de dois-pontos e inicia-se após um travessão.

EX.: “Botou as mãos na cabeça e a boca no mundo:
_ Nossa senhora, meu patrãozinho me mata!”
(F. Sabino)

2. O DISCURSO INDIRETO caracteriza-se pelo emprego da subordinação sintática, impedindo a fala da personagem.

EX.: “ D. Evarista ficou aterrada. Foi ter com o marido, disse-lhe que estava com desejos.”
(M. de Assis)

3. DISCURSO INDIRETO LIVRE é uma mescla do discurso direto com o indireto, proporcionando um movimento interno da fala, o monólogo interior.

EX.: “Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves mataram bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado (...)”

EXEMPLOS DE NARRAÇÃO:

1. EDUARDO E MÔNICA
(Renato Russo)

Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar: ficou deitado e viu que horas eram, enquanto Mônica tomava um conhaque, noutro canto da cidade, como eles disseram.
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer e conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer. Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
_ Tem uma festa legal e a gente quer se divertir.
Festa estranha, com gente esquisita:
_ Eu não estou legal. Não agüento mais birita.
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais sobre o boyzinho que tentava impressionar e o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa:
_ É quase duas, eu vou me ferrar.
Eduardo e Mônica trocaram telefone, depois telefonaram e decidiram se encontrar. O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard.
Se encontraram então no parque da cidade, a Mônica de moto e o Eduardo de camelo.
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar, mas a menina tinha tinta no cabelo.
Eduardo e Mônica eram nada parecidos – ela era de Leão e ele tinha dezesseis. Ela fazia Medicina e falava alemão e ela ainda nas aulinhas de inglês. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud e o Eduardo gostava de novela e jogava futebol-de-botão com seu avô.
Ela falava coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação e o Eduardo ainda estava no esquema “escola, cinema clube, televisão”.
E, mesmo com tudo diferente, veio mesmo de repente, uma vontade de se ver. E os dois se encontravam todo dia, e a vontade crescia, como tinha de ser.
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro e artesanato e foram viajar.
A Mônica explicava pro Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar: ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer e decidiu trabalhar; e ela se formou no mesmo mês em que ele passou no vestibular. E os dois comemoram juntos e também brigaram juntos, muitas vezes depois. Todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa, que nem feijão com arroz.
Construíram uma casa uns dois anos atrás, mais ou menos quando os gêmeos vieram – batalharam grana e seguraram legal a barra mais pesada que tiveram.
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília e a nossa amizade dá saudade no verão. Só que nessas férias não vão viajar porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação.

2. A OPINIÃO EM PALÁCIO

“O rei fartou-se de reinar sozinho e decidiu partilhar o poder com a Opinião Pública.
_ Chamem a Opinião Pública – ordenou aos serviçais.
Eles percorreram as praças da cidade e não a encontraram. Havia muito que a Opinião Pública deixara de freqüentar lugares públicos. Recolhera-se ao Beco sem Saída, onde, furtivamente, abria só um olho, isso mesmo lá de vez em quando.
Descoberta, afinal, depois de muitas buscas, ela consentiu em comparecer ao Palácio Real, onde Sua Majestade, acariciando-lhe docemente o queixo, lhe disse:
_ Preciso de ti.
A Opinião, muda como entrara, muda se conservou. Perdera o uso da palavra ou preferia não exercitá-lo. O Rei insistia, oferecendo-lhe sequilhos e perguntando o que ela pensava disso e daquilo, se acreditava em discos voadores, horóscopos, correção monetária, essas coisas. E outras. A Opinião Pública abanava a cabeça: não tinha opinião.
_ Vou te obrigar a ter opinião – disse o Rei, zangado. – Meus especialistas te dirão o que deves pensar e manifestar. Não posso mais reinar sem o teu concurso. Instruída devidamente sobre todas as matérias, e tendo assimilado o que é preciso achar sobre cada uma em particular e sobre a problemática geral, tu me serás indispensável.
E virando-se para os serviçais:
_ Levem esta senhora para o Curso Intensivo de Conceitos Oficiais. E que ela só volte aqui depois de decorar bem as apostilas.”

3. “Num repente, relembrei estar em noite de lobisomem – era sexta-feira...

Já um estirão era andado quando, numa roça de mandioca, adveio aquele figurão de cachorro, uma peça de vinte palmos de pêlo e raiva...
Dei um pulo de cabrito e preparado estava para a guerra do lobisomem. Por descargo de consciência, do que nem carecia, chamei os santos de que sou devocioneiro:
_ São Jorge, Santo Onofre, São José!
Em presença de tal apelação, mais brabento apareceu a peste. Ciscava o chão de soltar terra e macega no longe de dez braços ou mais. Era trabalho de gelar qualquer cristão que levasse o nome de Ponciano de Azeredo Furtado.
Dos olhos do lobisomem pingava labareda, em risco de contaminar de fogo o verdal adjacente. Tanta chispa largava o penitente que um caçador de paca, estando em distância de bom respeito, cuidou que o mato estivesse ardendo. Já nessa altura eu tinha pegado a segurança de uma figueira e lá de cima, no galho mais firme, aguardava a deliberação do lobisomem. Garrucha engatilhada, só pedia que o assombrado desse franquia de tiro. Sabidão, cheio de voltas e negaças, deu ele de executar macaquice que nunca cuidei que um lobisomem pudesse fazer. (...) Sujeito especial em lobisomem como eu não ia cair em armadilha de pouco pau. No alto da figueira estava, no alto da figueira fiquei.”
(José Cândido de Carvalho)

O VELHO DA HORTA - GIL VICENTE

O VELHO DA HORTA - Gil Vicente

(Resumo)

Análise da obra

Em O Velho da Horta, de 1512, Gil Vicente revela perfeito domínio do diálogo e grande poder de lidar com personagens e ações que se aproximam da comicidade. Utiliza pouco aparato cênico, colocando toda a ação em um mesmo cenário (a horta) e os acontecimentos que se realizam fora da horta são referidos como fatos que vêm de fora. Todos os episódios têm uma única direção: o desfecho, e isso garante a unidade da peça.

O Velho da Horta é uma peça de enredo, na qual se desenvolve uma ação contínua e encadeada, em torno de um episódio extraído da vida real, ou em torno de uma série de episódios envolvendo uma personagem central, ou articulando uma ação dramática homogênea e completamente desenvolvida, com um travejamento mais complexo, com começo, meio e fim.

Gil Vicente é um criador de tipos. A linguagem do Velho é um arremedo da poesia palaciana. A linguagem da Moça é zombeteira e se contrapõe à do velho. A obra é uma peça de teatro escrita em versos.

O argumento gira em torno das desventuras de um homem já entrado nos anos e seu frustrado amor por uma jovem que vem à sua horta comprar verduras. Por meio do diálogo entre o velho e a jovem, Gil Vicente capta a crueza de uma situação que oscila entre o ridículo e o ilusório. O Velho apaixonado deixa-se levar por um amor imprudente e obcecado; a Moça, motivo dos sonhos do Velho, é irônica, sarcástica e retribui as declarações de amor com zombarias.

A cena inicial é marcada pela tentativa de conquista e o diálogo se dá entre o lirismo enamorado do Velho e os ditos zombeteiros da Moça. Em seguida, entra em cena uma alcoviteira que oferece seus préstimos profissionais para garantir ao Velho a posse da amada. Mediante promessas de que o êxito está próximo, a mulher extorque toda a riqueza do Velho. Finalmente, entra em cena a Justiça que prende a alcoviteira, mas retira do Velho a esperança de ver realizado tão louco amor. No final, vem a notícia de que a jovem que motivou tão tresloucada paixão casou-se.

Estrutura da obra

Quatro versos em redondilhas maiores e um quinto verso com três sílabas métricas. Os conceitos formulados pelo Velho acerca da natureza do amor são do formulário lírico dos poetas quinhentistas (Petrarca). A interlocução do Velho apaixonado, contagiado pelo gosto das antíteses e pelo conceito do conflito entre a razão e o sentimento amoroso:

“que morrer é acabar
e amor não tem saída"

Temática

O tema central é o amor tardio, extemporâneo, as conseqüências desastrosas desse amor e o patético e ridículo do assédio de um velho, que se julga irresistível, a uma jovem esperta e prudente.

Personagens

Parvo – criado do Velho com pouca cultura,limitando-se a chamar-lhe às realidades primárias da vida (o comer) incapaz de compreender grandes dramas.

Alcoviteira – figura pitoresca da baixa sociedade peninsular astuciosa e mistificadora,cuja moral independe de todas as leis da sensibilidade.

Alcaide – antigo oficial de Justiça.

Beleguins – agentes de polícia.

Mocinha – personagem que vai até a horta comprar.

Mulher – espera do Velho.

Velho – idoso, proprietário de uma horta, apaixona-se subitamente por uma jovem compradora.

Moça – rapariga com certa experiência, já balzaquiana, com resposta ao pé da letra, confiante em si mesmo, disposta a zombar de um velho inofensivo,sem quebra da sua dignidade pessoal.

Observamos no enredo a seqüência magistral de estados de espírito com que a moça acata ou reage aos galanteios do velho.

Enredo

A ação se inicia quando a Moça vai à horta do Velho buscar hortaliças, e este se apaixona perdidamente por ela. No diálogo entre ambos estabelecem-se dois planos de linguagem: a linguagem galanteadora do Velho, estereotipada, repleta de lugares-comuns da poesia palaciana do Cancioneiro Geral, cujo artificialismo Gil Vicente parodia ironicamente, e a linguagem zombeteira e às vezes mordaz da Moça que não se deixa enganar pelas palavras encantadoras do pretendente e não se sente atraída nem por ele , nem por sua fortuna, nem por sua "lábia" cortesã. São duas visões opostas da realidade: a visão idealizadora do Velho apaixonado e a visão realista da Moça.

Uma alcoviteira, Branca Gil, promete ao Velho a posse da jovem amada e, com isso, vai extorquindo todo seu dinheiro. Na cena final, o Velho, desenganado, só, e reduzido à pobreza, pois gastara tudo o que tinha, deixando ao desamparo suas quatro filhas, reconhece o seu engano e se arrepende.

A Alcoviteira é açoitada, e a Moça casa-se honestamente com um belo rapaz. A introdução ao texto da peça esclarece que a farsa foi encenada em 1512, na presença de D. Manuel I, rei de Portugal.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

REDAÇÃO - DESCRIÇÃO

ATO DE DESCREVER


Descrever é traduzir com palavras aquilo que se viu e se observou. É a representação, por meio das palavras, de um objeto ou imagem.

Consiste em fazer viver, tornar vivos e tangíveis os pormenores, situações ou pessoas. É evocar o que se vê ou sente, ou criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina. Descrever não é copiar friamente, mas enriquecer a visão do que é real ou procura-se tornar real. Saber descrever não significa enumerar muitos detalhes, mas procurar transmitir sensações fortes.

A descrição é destituída de ação. É estática.

Na descrição, o ser, o objeto ou ambiente são mais importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.

O interesse de um texto descritivo reside na impressão que tal descrição provoca em nós, e nada melhor que o substantivo – que designa o mundo do ser – e o adjetivo – que designa o mundo das qualidades do ser – para produzir enfaticamente aquela impressão que brota da fonte descritiva.


O emissor capta a realidade por meio de seus sentidos e a transmite, utilizando os recursos da linguagem, tal que o receptor a identifique. A caracterização é imprescindível, daí a forte incidência de adjetivos no texto. A descrição é atemporal, por um lado, e espacial, por outro. Verbos indicativos de ação ou movimento são secundários, valorizando-se os processos verbais não-significativos, ou de ligação. A descrição ressalta o emprego das formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio), o que dá à descrição um tom especialíssimo de imobilidade do objeto.

TIPOS DE DESCRIÇÃO

1. DESCRIÇÃO DENOTATIVA: a descrição é denotativa quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, clara, direta, sem metáforas ou outras figuras literárias. Na descrição denotativa, as palavras são tomadas no seu sentido de dicionário, único. Denotativas são por exemplo, as descrições científicas, as descrições que vem nos livros didáticos etc..

2. DESCRIÇÃO CONOTATIVA: é a descrição literária, na qual as palavras são tomadas em sentido simbólico, rica em polivalências. Visam a retratar uma realidade além da realidade.


EXEMPLOS DE DESCRIÇÃO

1. RETRATO


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem este olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas, e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
_ Em que espelho ficou perdida a minha face?
(Cecília Meireles)

2. “ENTARDECER”

O verão chegou.
As folhas secas já começam
A cair das árvores.
A paisagem ganha um colorido fenomenal,
Uma espécie de mesclagem
De cores e estações...
Algo que seduz, estimula e incentiva.
Tudo inspira saudade...
As tardes se adornam
Com a beleza infinita de um lindo por do sol
Nas águas tranqüilas do rio que passa,
Frágeis barquinhos desfilam... graciosos.
Aplaudidos por algumas gaivotas
Que revoam os céus cristalinos.
O rio segue o seu itinerário.
Suas águas percorrem
O caminho que as levarão ao mar:
Enquanto o sol, o astro-rei,
Adormece lentamente
Sobre o seio
De uma montanha que se perde no horizonte.
Diante de tão imortal beleza,
Onde uma fusão de cores
Pintam os lábios do céu,
A noite se enche de estrelas
Transformando-se
Num cenário espetacular
Para receber mais um dia
Que, em plácido repouso,
Adormece nos braços do tempo.
(RAFALSKI, Claedis. 2001)

3. BRASILEIRO

Lá está ele: figura arcada pelo trabalho pesado. Seus olhos são fundos, cansados, cercados pela marca do tempo. Suas roupas são simples, surradas, suadas, tem no bolso um volante da loto, a carteira de trabalho e alguns trocados. Nas mãos, ásperas e grossas, traz uma marmita vazia, outrora cheia de quase nada. Não se segura a nada, já tão acostumado ao vaivém do trem da sua vida. Ele mal respira, espremido por entre cópias de si próprio. Não se comunica, como se já não tivesse forças sequer para reclamar. Seu olhar é vazio, sinal do cansaço de ser tão enganado e manipulado. Cansaço da desesperança de não ter esperança.


Lá vem ele, de olhar fixo em lugar algum, sem aparentemente nada pensar, nada almejar. Talvez, vez por outra, pense em sua família. Talvez, vez por outra, pense simplesmente em chegar para se completar mais uma vez o ciclo de sua vida quase sem vida.


Lá vem ele, o brasileiro, em mais um trem, em mais uma volta, de olhar vazio, sem nada esperar a não ser a volta do dia seguinte.

4. Salada de tomates recheados com arroz


Ingredientes para seis pessoas:
6 tomates redondos graúdos – 1 ½ de arroz cozido – 1 lata de sardinha – ½ xícara de chá de maionese – 2 colheres de sopa de salsicha picada – água – sal – molho vinagrete com mostarda – azeitonas pretas.


Tempo de preparação: 20 min.


Modo de fazer: faça um corte na parte superior dos tomates, retire-lhes as sementes, lave-os e deixe-os de molho em água e sal por trinta min. Enquanto isso misture ao arroz, a maionese, as sardinhas amassadas no óleo da lata e a salsicha. Reserve. Retire os tomates da água, enxugue-os e tempere-os co o molho vinagrete. Recheie os tomates com a mistura de arroz e enfeite cada um com uma azeitona.

5. “Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me fazer os gostos. Às vezes, porém, ele entrava em casa calado. Sentava-se numa cadeira ou passeava pelo corredor com as mãos para trás, e discutia muito com minha mãe. Gritava, dizia tanta coisa, ficava com uma cara de raiva que me fazia medo. E minha mãe saía para o quarto aos soluços. Eu não sabia compreender o porquê de aquela discussão. Sei que, com um pouco mais, lá estava ele com a minha me aos beijos. E o resto da noite, até ir me deitar, era só com ela que ele estava, com os olhos vermelhos de ter chorado também. Eu o amava porque o que eu queria fazer, ele consentia, brincava comigo no chão como um menino de minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo. A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um coração sensível demais às suas mágoas.


............................................................................


Todos os retratos que tenho de minha mãe não me dão nunca a verdadeira fisionomia que eu guardo dela – a doce fisionomia daquele seu rosto, daquela melancólica beleza de seu olhar. Ela passava o dia inteiro comigo. Era pequena e tinha os cabelos pretos. D. Clarisse, como lhe chamavam os criados, parecia mesmo uma figura de estampa. Falava para todos com um tom de voz de quem pedisse favor, mansa e terna como uma menina de internato. Horas inteiras eu fico a pintar o retrato dessa mão Angélica, com as cores que tiro da imaginação, e vejo-a assim, tomando conta de mim, dando-me banhos e vestindo-me. A minha memória ainda guarda detalhes bem vivos que o tempo não conseguiu destruir.”

(José Lins do Rego. Menino de Engenho, 1976)

6. Cariocas


Cariocas são bonitos
Cariocas são bacanas
Cariocas são sacanas
Cariocas são dourados
Cariocas são modernos
Cariocas são espertos
Cariocas são diretos
Cariocas não gostam
De dias nublados


Cariocas nascem bambas
Cariocas nascem craques
Cariocas têm sotaque
Cariocas são alegres
Cariocas são atentos
Cariocas são tão sexys
Cariocas são tão claros
Cariocas não gostam
De sinal fechado

(Adriana Calcanhoto)









REDAÇÃO

O QUE É ARGUMENTAR?

Argumentar é discutir, mas, principalmente é raciocinar, é deduzir, é concluir, é tirar ilações: “quando você discute com alguém, a argumentação não deve ser uma luta entre duas pessoas, mas uma Caçapa a Razão, na qual vocês dois se envolvem, ajudando-se mutuamente a descobrir e a capturar a verdade, a verdade que ambos desejam”. A argumentação deve ser construtiva na finalidade, cooperativa em espírito e socialmente útil. Embora seja exato que os ignorantes discutem pelas razões mais tolas, isso não constitui motivo para que homens inteligentes se omitam em advogar idéias e projetos que valham a pena, homens mal-intencionados discutem por objetivos egoístas e ignóbeis, mas esse fato deve servir de estímulo aos homens de boa vontade para falar com maior freqüência e maior desassombro. O ponto de vista que considera a discussão como vazia do sentido e ausente do censo comum não é só falso, mas, também, perigoso, sob o ponto de vista social.

VANTAGENS DA ARGUMENTAÇÃO:

Inúmeras são as vantagens da argumentação. Vamos citar algumas:


a) É um método através do qual o indivíduo pode avaliar os problemas que lhe dizem respeito, à sua família, seus negócios e a sociedade em que vive;
b) É um meio de criar hipóteses e experimentar conclusões;
c) É uma técnica de emitir argumentos e opiniões, com o objetivo de defender uma determinada posição;
d) É um processo de análise e crítica de todos os meios de intercâmbios e opiniões.
e) É um instrumento poderoso com aplicações proveitosas na vida individual e em sociedade.













REDAÇÃO - ESTRUTURA

AS PARTES DA REDAÇÃO _ ESTRUTURA_


Classicamente, uma redação deve constar de três partes:


I. INTRODUÇÃO


Introduzir significa “levar para dentro”. Na introdução, portanto, conduzimo-nos pra dentro do tema, do assunto.


A introdução apresenta a idéia que vai ser discutida (tópico frasal). Ela é muito importante. Sendo o contato inicial do leitor com o texto, deve atraí-lo, despertar-lhe o interesse. Assim, deve ser objetiva e simpática. E, sobretudo, não pode ser longa. Normalmente um ou dois períodos.


O tópico frasal pode ser apresentado de várias formas: uma declaração, uma pergunta, uma citação... Ao desenvolvê-lo é preciso ser o mais objetivo possível.


Enfim, na introdução, o importante é falarmos do tema da redação, mesmo que tenhamos de usar as suas palavras, ou parte delas.

II. DESENVOLVIMENTO

É o corpo da redação. Sua parte principal. É aqui que aparecem as idéias, os argumentos, a originalidade. A introdução corresponde à tese. O desenvolvimento vem a ser o debate da tese. É a parte mais longa.


Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando detidamente as idéias e exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento.


O desenvolvimento será a parte mais longa da redação, mas não necessariamente a mais confusa, complicada e ininteligível. E isso é o que acontece quando não se faz uma seleção prévia de idéias.


Não há necessidade de muitas idéias. O importante é que, mesmo sendo poucas, as idéias sejam correta e objetivamente expostas.

III. CONCLUSÃO

É o acabamento da redação. E, se não se deve iniciar “abruptamente” a redação, também não se pode acabá-la de súbito.


A conclusão resume todas as idéias apresentadas e discutidas no desenvolvimento, tomando uma posição sobre o problema apresentado na introdução.


Portanto, é a comprovação da tese levantada na introdução e discutida no desenvolvimento.


A conclusão não deve ser muito longa, a exemplo da introdução, e deve ocupar somente um parágrafo.


Obs.: na narração, a conclusão pode ser imprevista e absolutamente desligada daquilo para que se vem conduzindo o leitor. É claro que isso não cabe às dissertações.

REDAÇÃO - COERÊNCIA E COESÃO

CONCEITO DE COERÊNCIA E SUA RELAÇÃO COM COESÃO

1.1. Dos conceitos de coerência e coesão

A coerência teria a ver com a “boa formação” do texto, mas num sentido que não tem nada a ver com qualquer idéia assemelhada à noção de gramaticalidade usada no nível da frase. A coerência é algo que se estabelece (...) numa situação comunicativa entre dois usuários, devendo ser vista, pois, como um princípio de interpretabilidade do texto. A coerência seria a possibilidade de estabelecer, no texto, alguma forma de unidade ou relação. Essa unidade é sempre apresentada como uma unidade de sentido no texto, o que caracteriza a coerência como global, isto é, referente ao texto como um todo. A coerência é vista também como uma continuidade de sentidos perceptível no texto, resultando numa conexão conceitual cognitiva entre elementos do texto.


Por tudo isso é que se pode dizer que a coerência é, basicamente, um princípio de interpretabilidade e compreensão do texto (...) e tem a ver também com a produção textual à medida que quem o faz quer que seja entendido por seu interlocutor. A coesão é explicitamente revelada através de marcas lingüísticas, índices formais na estrutura da seqüência lingüística e superficial do texto. Sendo, portanto, de caráter linear, já que se manifesta na organização seqüencial do texto. É nitidamente sintática e gramatical (...). A coesão é, então, a ligação entre elementos superficiais do texto, o modo como eles se relacionam, o modo como frases ou partes delas se combinam para assegurar um desenvolvimento proposicional.

1.2. Da relação entre coerência e coesão

Todos os estudiosos do texto estão de acordo quanto a fato de que coesão e coerência estão intimamente relacionados no processo de produção e compreensão do texto.


Sabe-se que a coesão contribui para estabelecer a coerência, mas não garante sua obtenção. Como afirma Charolles: “os elementos lingüísticos de coesão e conexão ajudam a estabelecer a coerência, mas não são nem suficientes, nem necessários para que a coerência seja estabelecida, sendo preciso contar com os conhecimentos exteriores ao texto”. É por isso que, como afirma Marcuschi, “há textos sem coesão, mas cuja textualidade ocorre a nível da coerência”. Por outro lado pode haver seqüências lingüísticas coesas, mas para as quais o leitor não consegue estabelecer ou dificilmente estabelecer um sentido que lhe dê coerência. Evidentemente, a nível de leitor individual, um texto coeso pode parecer incoerente, por dificuldades particulares do leitor, como o desconhecimento do assunto ou a não-inserção na situação.

A COERÊNCIA E O TEXTO

2.1. Coerência e textualidade


Textualidade é o que faz de uma seqüência lingüística um texto e não um amontoado aleatório de frases ou palavras. A seqüência é percebida como texto quando aquele que a recebe é capaz de percebê-la como uma unidade significativa global. Portanto, tendo em vista o conceito que se tem de coerência, podemos dizer que é ela que dá origem à textualidade.


Há muitos textos sem coesão que apresentam coerência e são classificados com textos.


Observe o texto “O jogo”, transcrito abaixo, o qual não tem coesão, mas é visto como um texto coerente com uma unidade de sentido dada pelo próprio título:

O jogo

O anúncio
A paixão
O desejo

O dinheiro
O ingresso

O dia
A preparação
A ida

O estádio
A multidão
A expectativa

O jogador
A bola
O drible

O gol
O grito
A vibração

O fim
A volta

A saudade...

(RAFALSKI, Claedis. 2004)