Claedis - Literatura - Etc...

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

NÍVEIS DE LINGUAGEM

A língua e os níveis da linguagem pertence a todos os membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso. Atualmente, os veículos de comunicação audiovisual, especialmente os computadores e a internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos — alguns necessários, porque não havia equivalentes em Português; outros dispensáveis, porque duplicam palavras existentes na linguagem. O único critério para sua integração na língua é, porém, o seu emprego constante por um número considerável de usuários.

De fato, quem determina as transformações lingüísticas e os níveis de linguagem é o conjunto de usuários, independentemente de quem sejam eles, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, intelectuais etc.

“O movimento de 1922 não nos deu — nem nos podia dar — uma ‘língua brasileira’, ele incitou os nossos escritores a concederem primazia absoluta aos temas essencialmente brasileiros [...] e a preferirem sempre palavras e construções vivas do português do Brasil a outras, mortas e frias, armazenadas nos dicionários e nos compêndios gramaticais.” (Celso Cunha)

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
(Manuel Bandeira)

Embora as variações lingüísticas e níveis da linguagem sejam condicionadas pelas circunstâncias, tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que é a comunicação. A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente difere substancialmente do padrão culto, o que, segundo alguns lingüistas, criou no Brasil um abismo quase intransponível para os usuários da língua, pois se expressar em português com clareza e correção é uma das maiores dificuldades dos brasileiros: “No português do Brasil, a distância entre o nível popular e o nível culto ficou tão marcada que, se assim prosseguir, acabará chegando a se parecer com o fenômeno verificado no italiano ou no alemão, por exemplo, com a distância entre um dialeto e outro.” (Evanildo Bechara, Ensino da Gramática. Opressão? Liberdade?)

Com base nessas considerações, não se deve reger o ensino da língua pelas noções de certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, que são mais convenientes e exatos, porque refletem o uso da língua nos mais diferentes contextos. Não se espera que um adolescente, reunido a outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”, mas aceita-se: “Vamos no shopping assistir um filme”. Não seria adequado a um professor universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos que participo de palestras nesta egrégia Universidade, nas quais sempre houveram estudantes interessados”.

Escrever conforme a norma culta — que não representa uma camisa-de-força, mas um tesouro das formas de expressão mais bem cultivadas da língua — é um requisito para qualquer profissional de nível universitário que se pretenda elevar acima da vala comum de sua profissão. O domínio eficiente da língua, em seus variados registros e em suas inesgotáveis possibilidades de variação, é uma das condições para o bom desempenho profissional e social.

1. A linguagem popular ou coloquial

É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambigüidade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditório), novelas, expressão dos estados emocionais etc.

2. A linguagem culta ou padrão

É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.

3. Gíria

Segundo Mattoso Câmara Júnior, “estilo literário e gíria são, em verdade, dois pólos da Estilística, pois gíria não é a linguagem popular, como pensam alguns, mas apenas um estilo que se integra à língua popular”. Tanto que nem todas as pessoas que se exprimem através da linguagem popular usam gíria.

A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais “que vivem à margem das classes dominantes: os estudantes, esportistas, prostitutas, ladrões” (Dm0 Preti) como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo próprio grupo.

Assim a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.

Caracterizada como um vocabulário especial a gíria surge como um signo de grupo, a princípio secreto, domínio exclusivo de uma comunidade social restrita (seja a gíria dos marginais ou da polícia, dos estudantes, ou de outros grupos ou profissões).

(...) Ao vulgarizar-se, porém, para a grande comunidade, assumindo a forma de uma gíria comum, de uso geral e não diferenciado, (...) torna-se difícil precisar o que é de fato vocábulo gírio ou vocábulo popular

(...) É expressa freqüentemente sob forma humorística (e não raro obscena, ou ambas as coisas juntas), como ocorre, por exemplo, em certos signos que revelam evidente agressividade, como bicho, forma de chamamento que na década de 1970 substituía amigo, colega, cara; coroa, para pessoa mais idosa, madura; quadrado, em lugar de conservador tradicional, reacionário; mina, para namorada, forma trazida da linguagem marginal da prostituição, onde origina lmente signca mulher rendosa para o malandro, que vive à custa dela etc.
(Dino Pretti)

Primeiro, ela pinta como quem não quer nada. Chega na moral, dando uma de Migué, e acaba caindo na boca do povo. Depois desba ratina, vira lero-lero, sai de fininho e some. Mas, às vêzes, volta arrebentando, sem o menor aviso. Afinal, qual é a da gíria?
(Cássio Schubsky, Superinteressante)

4. Linguaguem vulgar

Existe uma linguagem vulgar, segundo Dino Preti, “ligada aos grupos extremamente incultos, aos analfabetos”, aos que têm pouco ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar multiplicam-se estruturas com “nóis vai, ele fica”, “eu di um beijo nela”, “Vamo i no mercado”.

5. Linguaguem regional


Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.

Ex.: falar gaúcho.

Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão.
Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.
— O senhor quer que eu deite logo no divã?
— Bom, se o amigo quiser dançar uma marcha, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro.
(Luís Fernando Veríssimo, O Analista de Bagé)

Ex.: falar caipira.

Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada num rapaz, num adjutório, e abriu o pé no mundo. Nunca mais ninguém botou os olhos em riba dele, afora o afilhado.
— Padrinho, evim cá chamá o sinhô pra mode i morá mais eu.
— Quá,flo, esse caco de gente num sai daqui mais não.
— Bamo. Buli gente num bole, mais bicho... O sinhô anda perrengado...
(Bernardo Élis, Pai Norato)




NÍVEIS DE LINGUAGEM

A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:

1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;

2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.

Norma culta:

A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.

Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação:

Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)

Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver.

Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta.

O conceito de erro em língua:

Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.

Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola.

Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene.

O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo:

Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.

Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores.

O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:

Eu não a vi hoje.
Ninguém o deixou falar.
Deixe-me ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.

Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário.

O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza.

Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical.

Exemplos:

Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.)
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.)

Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil.

As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram fatos lingüísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar.

Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e correto, quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" é uma expressão que deve dar lugar a esta, por exemplo: "Converta estas frases da língua popular para a língua culta".

Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta.

Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem:

A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.

A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções.

Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos.

Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste.

Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.

A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada.

Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.

O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula.

Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência.

A gíria:

Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?

O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão.

Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.


EXERCÍCIOS


1- São verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:

_____ O nível de língua que usamos é independente da situação em que nos encontramos.
_____ A simplicidade de construção e de vocabulário é característica do nível de língua familiar.
_____ Na linguagem cuidada é frequente o uso do calão.
_____ Normalmente, os adultos usam o nível de língua corrente.
_____ Qualquer pessoa sabe usar o nível de língua cuidado.
_____ Qualquer pessoa sabe usar o nível de língua popular.

2- Indica os níveis em que se encontram as frases que se seguem :

a) Aprecio verdadeiramente essa atitude.
b) Ritinha, dá um beijinho ao tio
c) Luciano antes de te ires deitar
d) Gosto muito disso.
e) O peixe hoje não bicou.
f) Vamos embora que a faina acabou.
g) Recolhe a fateixa e vamos.
h) Sou maluco por isso !
i) Ó Maria, A Rosa já botou o sal na sopa?
j) Diacho da rapariga, onde se terá metido ?
k) Curto isso bué !
l) Estamos sem massa.
m) Tens furo a seguir ?
n) Ó ti Maria, vossemecê vai à feira ?
o) Solicito respeitosamente que me seja concedida a antecipação do período de férias.
p) Comprei uns lindos cadernos azuis.
q) Dê-me um cimbalino em chávena escaldada.
r) Tamos satisfeitos co qu’aconteceu ca gente !

3. Marque a alternativa que

corresponde à norma culta:

( a ) Eu vi ele entrar
( b) Eu o vi entrar

( a ) Ele cuspiu no prato que comeu
( b ) Ele cuspiu no prato em que comeu

( a) Seleção Brasileira de vôlei feminino
( b) Seleção Brasileira feminina de vôlei

4. Observe a letra da música transcrita abaixo para responder a questão seguinte.

Aluno do Ibrahim
(Marcos César)

O que você me disse pra mim
Eu te respondo agora para você
Pra cima eu vou subir,
Pra baixo você vai descer.

Você me chamou de analfabeto
E de outras coisas, mas num tem importança,
Eu te perdôo você, sabe porque?
Pur causa da sua ignorança.

Mulhé burra demais, home nenhum atura:
Seje menas burra criatura!
A crasse que te farte, se consegue com leitura.
Sejemo mais amigo da curtura!

Que nível de linguagem predomina na música acima?

a) Culto;
b) Coloquial;
c) Gíria;
d) Técnico;
e) Padrão.

EXERCÍCIO SOBRE LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL

A VOLTA ÀS CAVERNAS

Qual é a minha porta? Está o leitor, ou a leitora, diante dos toaletes de um restaurante, um teatro ou hotel, e com freqüência experimentará um momento de vacilação. Não que tenha dúvida quanto ao próprio sexo. A dúvida é com relação àqueles sinais inscritos sobre cada uma das portas – que querem dizer? Olha-se bem. Procura-se decifrar seu significado profundo. Enfim, vem a iluminação: ah, sim, este é um boneco de calças. Sim, parece isso. E aquela silhueta, ali ao lado, parece ser uma boneca de saia. Então, esta é a minha porta, concluirá o leitor. E aquela é a minha, concluirá a leitora.


A humanidade demorou milhões de anos para inventar a linguagem escrita e vêm agora as portas dos toaletes e a desinventam. Por que não escrever “homens” e “mulheres”, reunião de letras que proporciona a segurança da clareza e do entendimento imediato? Não, algumas portas exibem silhuetas de calças e saias. Outras, desenhos de cartolas, luvas, bolsas, gravatas, cachimbos e outros adereços de uso supostamente exclusivo de um sexo ou de outro. Milhões de anos de progresso da humanidade, até a invenção da comunicação escrita, são jogados fora, à porta dos toaletes.(...) Vivemos um tempo de culto da imagem. Esquece-se o valor inestimável da palavra.


(Roberto Pompeu de Toledo, Revista Veja. 25 jun. 1997.)


1. Nesse texto, o autor faz uma crítica a que tipo de linguagem (verbal ou não-verbal)?

2. O que motivou essa crítica?


3. De acordo com o texto, quais são os critérios de associação utilizados para resignar o toalete masculino e feminino?


4. Na opinião do autor do texto, esses critérios são eficientes? Que argumentos ele utiliza para defender sua crítica?


5. Para um estrangeiro ou para um analfabeto, que sinais gráficos seriam mais eficientes na porta dos toaletes: os símbolos ou as palavras “homens” e “mulheres”? Justifique sua resposta.


6. A crítica do jornalista tem razão de ser? Justifique sua resposta com um breve texto.

LINGUAGEM VEBAL E LINGUAGEM NÃO-VERBAL

LINGUAGEM VERBAL

 A linguagem verbal compõe-se de palavras e frases, podendo ser na forma oral ou escrita.

LINGUAGEM NÃO-VERBAL

A linguagem não-verbal é constituída pelos outros elementos envolvidos na comunicação, como, tom de voz, postura corporal, luzes, desenhos, gestos, símbolos, figuras, sons (não vocálicos) etc.





Coração Civil

Coração Civil(Milton Nascimento)


Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país


Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver


São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal


Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder ?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso,um dia se realizar


Fonte: http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47420/

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

NINA - APROVADA UFPA

Ex aluna da escola Romildo Veloso, Claudiene Rafalski, foi aprovada no último vestibular da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Nina, como é popularmente conhecida, passou  em 3º lugar no curso de Ciências Naturais e irá cursar na cidade de Marabá.

Não sei se me alegro ou fico triste, pois se por um lado estou feliz pela vitória merecida, por outro, entristeço-me pela separação indesejada.

Infelismente, em nosso município ainda não há opção para os alunos que sonham em fazer uma faculdade pública e muitos ainda têm que deixar suas famílias, amigos, costumes, etc, para a realização desse sonho.

Autoridades, pensem nisso!

LEITURAS OBRIGATÓRIAS UFPA

LEITURAS RECOMENDADAS

* Gil Vicente – O Velho da Horta.
* Leitura do episódio de Inês de Castro (Canto III, estrofes 118 a 135) de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
* Lirismo (religioso e amoroso) e a sátira de Gregório de Matos Guerra.
* Poemas líricos de Cláudio Manuel da Costa e Bocage.
* Leitura de poemas de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves.
* Leitura de poemas de Almeida Garret.
* Leitura do romance Cinco Minutos, de José de Alencar.
* Leitura de O Juiz de Paz na Roça, de Martins Pena.
* Leitura da novela Amor de Perdição, de Camilo castelo Branco.
* Leitura de “O Alienista”, de Machado de Assis.
* Leitura do conto “José Matias”, de Eça de Queiroz.
* Leitura dos contos amazônicos “Voluntário”, “Acauã”, “A quadrilha de Jacó Patacho”, de Inglês de Souza.
* Leitura de poemas de Cesário Verde e de Olavo Bilac.
* Leitura de poemas de Camilo Pessanha e Alphonsus de Guimaraens.
* Leitura dos poemas de Fernando Pessoa (heterônimo: Alberto Caeiro).
* Leitura dos poemas de Manuel Bandeira.
* Leitura dos poemas de Mário Faustino.
* Leitura do conto Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues.
* Leitura do conto Embargo, da obra Objecto Quase de José Saramago.
* Leitura do conto Campo Geral (Manuelzão e Miguilim), de Guimarães Rosa.
* Leitura de Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
FONTE: http://www.ceps.ufpa.br/daves/PS2011/leituras%20recomendadas%20-%20vestibular%202011.htm

PARA MEUS ALUNOS

Queridos e amados alunos do meu coração, neste ano que se inicia, gostaria de criar, através desse blog, um espaço de aprofundamento daquilo que estudarmos em sala de aula , portanto, postarei aqui, conteúdos, exercícios, resumos, esquemas, dicas, etc., que servirão de apoio e revisão.

Espero poder contribuir para uma melhor aprendizagem dos conteúdos referentes à Língua Portuguesa, Redação e Literatura.

Professora Claedis

Dia 7 de Fevereiro 2011- início das aulas na escola Romildo Veloso

O início do ano letivo na escola Romildo Veloso se dará no dia 07 de Fevereiro de 2011, no entanto, os professores já vem fazendo seus planejamentos desde de o dia 18 de janeiro.
Espera-se que esse ano seja de muitas realizações pedagógicas e de muitas aprovações nos vestibulares da vida.
Gostaria de parabenizar a todos os professores, alunos,  e direçãode nossa escola pelos grandes projetos desenvolvidos no ano passado e que nesse ano possamos, juntos, ultrapassar nossas metas e sermos ainda melhores.
Beijos da professora Claedis!

2011 - Sucesso em tudo que realizarmos

Mais um ano novo que acaba de nascer
Que tudo que fizermos ao longo deste seja direcionado por Deus
para que o nosso sucesso seja garantido.
Aos meus amigos e alunos, desejo muita paz, saúde e conhecimento.
Que esse blog seja uma fonte de informação para os que ele acessarem.
Beijos!!!