Claedis - Literatura - Etc...

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domingo, 18 de abril de 2010

Ourilândia: Quem te viu, quem te vê...


Ainda me lembro, com saudade, daquele fevereiro chuvoso de 1986, quando ainda criança, cheguei a Ourilândia, a famosa cidade do ouro.

Meus pais, ávidos por uma vida melhor, vieram tentar a sorte, pois o nosso estado já não lhes oferecia muito, ou melhor, nada.

Naquele tempo, Ourilândia era uma vilazinha pacata, formada apenas por alguns moradores que, como meus pais, vieram em busca de uma vida melhor. Eu fui crescendo e, junto comigo, Ourilândia também... Eu vi a vila virar cidade, a “Gurita” ser Ourilândia, o Manoel de Melo ser o prefeito, vi tanta coisa: as primeiras casas, as primeiras ruas, as primeiras escolas, o primeiro correio, o primeiro hospital, a primeira prefeitura, o primeiro banco, as primeiras igrejas, a primeira delegacia, a primeira serraria, a primeira iluminação pública...

Esse tempo foi passando e o que caminhava a passos lentos – quase parando – vi correr com a velocidade de um vento forte, e aquela carinha inocente de cidade pequena começou a mudar de fisionomia com a chegada dos grandes projetos, das grandes empresas.

Com da chegada de várias empresas de serviços, hoje é fácil ver o crescimento da nossa cidade. Junto a esse crescimento, vejo também  uma explosão demográfica e, com isso, a criação de novos bairros tem se tornado inevitável,pois,devido à grande promessa de emprego fácil, tão propagada nos últimos tempos, tem chegado à nossa cidade um grande número de migrantes, especialmente nordestinos.

Como conseqüência, já começamos a ser vítimas de um crescimento desordenado, o que vem provocando muitas invasões de terras, muitos acidentes de trânsito, muitos atos de violência, assassinatos hediondos, assaltos à mão armada, etc.

Já começo a sentir a perda da liberdade, típica de uma cidadezinha do interior como: andar sozinha à noite, freqüentar as festas sem medo da violência, ficar sentada à porta de casa sem temer ser abordada por um marginal, trafegar pelas ruas sem risco de ser atropelada, etc.

Ah! Que saudade que tenho daquele tempo em que tranqüilidade, a paz e o sossego moravam em nossas ruas e eram nossos vizinhos mais íntimos.


Claedis Rafalski Martins .

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