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sexta-feira, 6 de maio de 2011

REDAÇÃO - ESCREVER É PRECISO

ESCREVER É PRECISO


Os textos escritos não são frutos apenas do que os escritores querem dizer, mas também do que eles supõem ser de interesse dos leitores. Há um “contrato” implícito entre autor e leitor. Quem escreve imagina um leitor empenhado em compreender o que o texto diz: nenhum texto é suficientemente bom para dispensar o necessário exercício de atribuição de sentido por parte de quem ler. Os leitores, por sua vez, esperam que os autores estejam dizendo algo de fato interessante, algo que vale a pena ler.

Meu avô nos escrevia três vezes por semana, para mim uma carta toda em versos. Para que eu apreciasse melhor a minha felicidade, minha mãe estudou e me ensinou as regras da prosódia. Alguém me surpreendeu rabiscando uma resposta versificada; insistiram para que eu a terminasse, ajudaram-me a fazê-lo [...].

Um texto escrito tem a mesma eficácia quando expressa o significado pretendido por quem escreve e se faz compreensível a quem lê. Ou seja, quando há a máxima aproximação entre o que se quis dizer, o que efetivamente se disse e o que foi compreendido.


Um texto eficaz


Todo texto tem um quem, um para quê, um o quê, um onde, um como. Quer dizer, todas as pessoas que escrevem devem considerar:


 A quem o texto se destina;
 O propósito que justifica o ato de produzir o texto;
 A mensagem: o que se vai dizer;
 O gênero: se é uma carta, um poema, uma história, um relatório, uma crônica, uma notícia, ou um cartaz;
 O portador: se vai ser publicado em um livro, vai para o mural, ou ficará no próprio caderno;
 Todos os aspectos relacionados com a escrita: coerência, adequação da linguagem, gramática, pontuação, ortografia;
 A necessidade de revisar o texto pronto, de fazer uma leitura crítica que avalie sua qualidade e sua eficácia.


A produção da escrita exige a todo instante um deslocamento do autor, indo de sua posição de escritor para a de leitor do próprio texto. Esse papel de analista do já escrito permite o controle de qualidade do conteúdo e da forma do texto. Aquele que escreve tem de ser, quase ao mesmo tempo, autor, leitor e revisor.


Desde que entram na escola, as crianças devem ser oficialmente iniciadas nesse difícil processo. Se não forem incentivadas desde o princípio, se não puderem contar com a colaboração de seus professores e se não tiverem bons modelos de referência, será quase impossível conquistar essa habilidade. Afinal, o amor à leitura e à escrita tem a ver com uma iniciação bem feita e apoiada.


Muitos de nós temos a concepção idealizada tanto do ato de ler como do ato de escrever. Se nos pedirem para descrever uma cena que pareça representar o ato de ler, é bem provável que digamos: Uma pessoa sentada em uma poltrona, ao lado da janela, lendo um grosso livro de literatura – um clássico, talvez. Ou seja, nossa imagem é de uma cena rara nos dias de hoje, em que se lê no ônibus, no trem, andando na rua...


E se nos perguntarem por que não escrevemos, possivelmente diremos que não temos talento, mais ainda para os textos literários. Talvez porque consideramos a literatura uma arte para os “iluminados”, porque não nos sentimos capazes de produzir textos literários, considerando que vale mais a pena tê-los do que escrevê-los.


A produção de bons textos


Escrever bem – produzir textos não só corretos, mas também bem escritos – é resultado tanto da leitura de muitos e diferentes textos como também da possibilidade de pensar e conversar sobre o ato de redigir. Por isso, é fundamental que o trabalho de produção de textos se apóie em determinadas referências:


 A leitura é condição para a escrita de textos: não se pode escrever bem sem ter um amplo repertório de textos lidos/ouvidos.
 A leitura feita pelo aluno deve ser diária: quanto menos os alunos souberem ler, mais devem ser desafiados a ler e mais devem ouvir leituras feitas pelo professor.
 O repertório de textos conhecidos deve ser amplo e diversificado, se o objetivo for produzir diferentes gêneros.
 O repertório adquirido por meio da leitura não é suficiente para garantir a qualidade na escrita: é preciso receber ajuda para pensar na organização dos textos, analisar suas características e olhar a própria produção com olhos críticos.
 É possível produzir textos sem saber escrever: basta ter ajuda e incentivo.
 É possível saber escrever, mas não conseguir produzir textos por escrito: dominar tecnicamente o sistema de escrita não garante o uso eficaz da linguagem.
 Os textos devem ser revisados durante e após a escrita.
 É preciso submeter os textos à leitura crítica de outras pessoas.
 É recomendável revisar textos escritos há algum tempo, para identificar eventuais inadequações e erros e observar como já é possível escrever as mesmas coisas de maneira diferente.
 É recomendável guardar os rascunhos, para poder analisar o próprio percurso criador e compreender que os textos são sempre provisórios.
 As propostas de produção de textos devem ser contextualizadas, funcionais e significativas.
 As propostas iniciais de produção de textos podem se apoiar em outros textos.

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